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Qual o papel estratégico de compras para o crescimento da empresa?

Durante muito tempo, a área de compras foi vista como um setor meramente operacional — aquele que entra em cena quando falta algo no estoque. É o “bombeiro” da empresa: só aparece quando o incêndio já começou.
Mas essa visão é ultrapassada. Compras, em uma gestão profissional, é um pilar estratégico. É uma das áreas que mais impacta diretamente o resultado financeiro, o caixa e a competitividade do negócio. Se o time de compras é bom, a empresa ganha agilidade, previsibilidade e margem. Se é ruim, a operação vive apagando incêndio e perdendo dinheiro.
Na Anjo, fizemos essa virada. Compras participa do planejamento estratégico, do desenvolvimento de produtos, da análise de riscos cambiais e até de decisões de inovação. Um exemplo: antecipamos uma alta nas resinas e fechamos contratos antes do pico. Enquanto concorrentes estavam desesperados, tínhamos previsibilidade e margem garantida.
"Compras nos dias atuais deixou de ser coadjuvante. Quem não traz essa área para o jogo estratégico está jogando com menos um no time."
Muito além do preço
Preço e prazo são o mínimo. Negociar bem é obrigação, não diferencial. O líder de compras que se destaca é aquele que entrega previsibilidade, inteligência de mercado, controle de riscos e visão de longo prazo.
Na Anjo, tivemos um caso emblemático: nosso líder de compras analisou a cadeia de fornecimento de embalagens e propôs trocar de fornecedor. O novo parceiro tinha melhor histórico de entrega e menor impacto ambiental. Mesmo com custo unitário um pouco maior, tivemos ganhos reais em OTIF e imagem no mercado.
"Comprar bem não é pagar barato. É garantir que o insumo certo chegue na hora certa, com o parceiro certo, para gerar o resultado certo."
Compras que gera crescimento
Um dos casos mais marcantes que vivi foi o desenvolvimento conjunto de um insumo com um fornecedor internacional. Antes, esse produto era importado a preços altíssimos. Com inteligência e visão estratégica, nosso time de compras negociou exclusividade, melhores prazos e custo reduzido.
O resultado? Lançamos uma nova linha de produtos com performance superior e preço competitivo. Isso é inovação com base em compras — não apenas economia.
"Compras que olha apenas o hoje está condenado a apagar incêndio amanhã. Quem antecipa a curva, lidera o mercado."
Indicadores que antecipam, não reagem
Compras precisa estar dentro do processo de S&OP (Sales and Operations Planning). Sem isso, atua no escuro. Mas também é preciso ter indicadores que ajudem a antecipar problemas, como:
- OTIF de fornecedores (entrega completa e no prazo)
- Cobertura de estoque por item crítico
- Forecast vs. consumo real
- Lead time médio e suas variações
- Giro por família de produto
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Í- ndice de ruptura por falha de suprimento
Na pandemia, cruzamos dados de vendas, produção e compras, e conseguimos antecipar uma possível ruptura crítica. Evitamos um prejuízo enorme enquanto o mercado estava desabastecido.
"Indicador bom não é o que mede o passado, é o que avisa o futuro."
O que um CEO realmente olha
Como CEO, não tenho tempo pra dashboard cheio de firulas. O que me interessa são os dados que geram ação:
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- Saving real por projeto
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- Custo total de aquisição
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- Performance de fornecedores-chave
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- Nível de serviço interno
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- Impacto no fluxo de caixa
Se vejo um fornecedor recorrente atrasando ou entregando mal, sei que preciso agir. Se vejo estouro de orçamento por grupo de materiais, preciso de plano de ação.
"Dashboard bom é o que tira dúvida, antecipa problema e mostra o caminho. O resto é enfeite de Excel."
O profissional de compras que se destaca
É aquele que entende o negócio como um todo, que domina dados e antecipa riscos. Não é o operador de pedidos. É o estrategista.
Na Anjo, já tivemos profissionais que sugeriram mudanças logísticas com impacto direto no custo. Sem serem solicitados. Isso é pensar com cabeça de dono.
"Quem compra com cabeça de dono, cresce como dono. Quem compra como robô, fica preso à planilha."
Integridade: o maior ativo da área
Compras lida com valores, contratos e relacionamentos. Por isso, precisa estar blindada contra desvios e favorecimentos indevidos. Para isso, temos:
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- Código de conduta claro
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- Rodízio de compradores
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- Dupla aprovação em compras estratégicas
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- Auditoria interna frequente
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- Reuniões abertas de avaliação de fornecedores
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- Processos com rastreabilidade digital
Mas, acima de tudo, integridade é cultura. Se o CEO tolera “jeitinho”, o sistema enfraquece. Se a liderança cobra ética, ela vira padrão.
"Integridade não se fiscaliza, se cultiva. Mas a liderança precisa ser o primeiro a dar o exemplo."
Conclusão
Compras não é mais um setor executor de pedidos. É um agente estratégico de crescimento. Quem ainda não entendeu isso está perdendo margem, competitividade e oportunidades.
A pergunta que fica é: na sua empresa, compras está no centro da estratégia ou ainda é só o setor que cuida da planilha de preços?
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